abril 16, 2010

PRIMEIROS TEXTOS


Antes da criação do blog, alguns textos foram divulgados por e-mail e na rede social FaceBook. Recuperamos e estamos reunindo aqui para facilitar a compreensão e documentar o percurso da discussão.


MALHAÇÃO

O projeto HISTÓRIAS DA ARTE também tem o seu Judas para malhar:

DAYSE OSLEGHER LEMOS, secretária de cultura do governo Paulo Hartung.

A malhação, que se inicia hoje, segue até o final do projeto, dia 3 de agosto, às 17h, em cerimônia livre no Museu de Arte do Espírito Santo, quando vou oferecer, ao acervo do museu, o resultado do meu trabalho: “apagando Nenna”.

E desde já, estão todos convidados!

Nenna
[03 abril 2010]


AS MASMORRAS DA ARTE CAPIXABA, SÃO MAIS PERVERSAS, POR SEREM INVISÍVEIS...

“apagando Nenna”
cerimônia livre no Museu de Arte do ES
03 agosto 2010 – 17h

Reflexões no facebook: http://www.facebook.com/profile.php?id=100000051789881&ref=name

“Ainda vamos continuar, por muito tempo, sendo considerados ‘bons’ consumidores [no sentido de conhecimento e passividade crítica] de arte produzida em outras paragens com maior poder. Mas tão cedo não seremos considerados artistas capazes o suficiente para sermos reverenciados nos nossos espaços institucionais mais poderosos, nem em espaços de instituições de outros centros, que trabalham numa via de mão-única em direção aos consumidores de arte no Espírito Santo.”

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Se você não deseja receber mails de Nenna, avise.
[05 abril 2010]


AS MASMORRAS DA ARTE CAPIXABA SÃO MAIS PERVERSAS POR SEREM INVISÍVEIS...

DENÙNCIAS EMBLEMÁTICAS
EXEMPLO – I

O fato mais singelo, entre os exemplos que vamos mostrar, se transforma num símbolo assustador, quando percebido suas significâncias:

Numa manhã tranquila no meu balneário, ouvindo Pablo Casals, recebo um telefonema do filho e herdeiro musical de nosso mais destacado artista, o maestro Maurício de Oliveira.

Tião Oliveira, com sua timidez habitual:

- Oi Nenna, bom dia! Preciso de um grande favor seu... já que você conhece mais as pessoas, etc... e tal. Estou há algumas semanas tentando, inutilmente, falar com a secretária de cultura sobre a obra de meu pai e não consigo. Tá sempre ocupada e não dá retorno.

Pedi para ele ficar tranquilo que eu ligaria de volta. Fiz uma chamada para o Maurício Silva, um dos assessores da Dayse e ponderei que aquilo seria uma falta de respeito com a nossa memória e fui desfiando os dados sobre a importância... que na verdade o assessor já conhecia.

O Maurício contatou o Tião e finalmente foi viabilizada a tão almejada conversa. O que decidiram ou conversaram, não sei... e espero, sinceramente, que tenha resultado em alguma ação positiva.

Mas vejam, repetindo: precisa o herdeiro da obra de nosso principal ícone – num estado desesperadamente necessitado de ícones – procurar a ajuda de um simples pensador recluso pra falar com a secretária de cultura de seu estado?

Fica clara a falta de compromisso com nossa cultura, e a submissão provinciana de continuar acompanhando a história.

Ao invés de construir e iluminar a própria história.

É assustador...



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Se você não deseja receber mails de Nenna, avise. Aos amigos que estiverem recebendo o mesmo mail mais de uma vez, pedimos paciência, já vamos resolver...

Para quem não conhece bem o maestro MAURÍCIO DE OLIVEIRA, destacamos o vídeo de seu último grande concerto [registrado pelo programa ‘EmMovimento’, da TV Gazeta] com homenagem de Turíbio Santos na primeira audição pública da obra ‘Seu Maurício’. Mas no YouTube existem muitos outros...

http://www.youtube.com/watch?v=404ofEhFvIc
[06 de abril 2010]


CONSTATAÇÕES E REFLEXOS DO PRIMEIRO EMBLEMA

Ontem foi um dia esclarecedor... ou quase, pois as entrelinhas ainda são muitas. Um surpreendende sistema de comunicação, com destaque para o mail e o telefone, funcionou durante todo o dia, onde os diálogos foram mais intensos e sinceros longe do foco público da rede de relacionamentos FaceBook. Com algumas constatações:

O singelo caso que contei - para mim estarrecedor, no seu simbolismo explícito - não sensibilizou tanto. Outras questões se apresentaram nas conversas de bastidores. Conversas importantes que me proporcionaram a possibilidade de construir uma sinalização, deixando claro o ambiente em que pretendo navegar:

1. CIVILIDADE – já esclareci, em comentário anterior disponível no FaceBook, que o ímpeto da iniciativa dessa discussão e sua apresentação pública, propondo a “malhação do Judas” para a secretária de cultura Dayse Lemos, foi configurada, em sua gênese, na tradição democrática do sábado de aleluia, “que permite a todos, neste país democrático, manifestar e extravasar descontentamentos com personalidades públicas. Na minha percepção a secretária é despreparada... e suas estratégias de ação são prejudiciais a nossa cultura regional, como seguirei tentando demonstrar.” E descobri que a democracia não está fácil de ser exercida no ambiente cultural local, mas aí é conversa pra outro momento.

2. ORGULHO REGIONAL - já tinha planejado, e decidido, descartar o slogan das masmorras. Não voltará aos textos, pois já cumpriu seu papel e sua origem conceitual foi publicada num dos posts, também no FaceBook.

3. LUZ – a base filosófica dessa discussão se concentra em uma possibilidade de transformar a atual situação, que perdura há quase duzentos anos, no mínimo, se formos considerar a maldição/profecia de Saint-Hilaire em 1818: “as luzes [do conhecimento] e a instrução só penetrarão na província do Espírito Santo com extrema lentidão”.
Durante os diálogos de ontem, percebi em alguns momentos uma expectativa que não corresponde ao desejo inicial: fofocas paroquiais e insinuações de corrupção não estão entre os propósitos. Não tenho informações privilegiadas nem estou interessado. Isso cabe a outras instituições verificarem. Não sou repórter investigativo. Sou um pensador recluso desde 2007, que está completando 40 anos de envolvimento, reflexão e ativismo na defesa do ambiente cultural da região onde nasci e que escolhi para viver.

4. FIRMEZA – existem denuncias emblemáticas sim, que serão colocadas adequadamente, mas minha questão é filosófica em defesa de uma arte importante aqui e em qualquer lugar!

Uma surpresa ontem foi ler a cópia de um diálogo, por e-mail, entre participantes de um grupo de discussão ligado ao audiovisual no ES, onde é focada a realidade dos editais. Vou organizar e disponibilizar amanhã, quinta-feira. É muito rico, repare numa das passagens: “Acho que os editais não são um avanço, principalmente se forem usados como única forma de política de cultura em um estado, é uma tremenda burrice e transforma a todos em concorrentes, dividindo-nos entre vencedores (pouquíssimos) e perdedores (o resto)”. Não tinha reparado essa “maldade” implícita. Dividir para controlar. E está funcionando!


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[07 abril 2010]


TEMPO DE REFLETIR NOS BASTIDORES

O foco principal deste ciclo de reflexões sobre o destino da cultura produzida no ES é baseado na constatação de que o projeto da secretaria Dayse Lemos, na Secult como órgão publico de articulação da nossa produção cultural é seletivo e autoritário, além de construído dentro de um sistema planejado para aprisionar aqueles que não compactuam com suas mazelas. Criando um ambiente de temor até mesmo para se posicionar de forma positiva, apontando equívocos. Se o sistema de poder estadual tem força suficiente para ‘aprisionar’ um personagem político da dimensão do prefeito da capital, imaginem na pouco significativa – do ponto de vista de poder – cultura regional.

Então, no que me parece ser um caminho já sinalizado, ainda vamos continuar por muito tempo sendo considerados ‘bons’ consumidores [no sentido de conhecimento e passividade crítica] de arte produzida em outras paragens com maior poder, mas tão cedo não seremos considerados artistas capazes o suficiente para sermos reverenciados nos nossos espaços institucionais mais poderosos, nem em espaços de instituições de outros centros, que trabalham numa via de mão única em direção aos consumidores de arte no Espírito Santo.

A liberdade que a arte contemporânea carrega em sua essência, permite que os julgamentos sobre qualidade, pertinência e outros requisitos sejam destituídos de parâmetros mensuráveis, o que permite também a manipulação de importância, troca de influência e favores.

Claro, alguns escolhidos pelo poder absolutista [pouquíssimos...] se sobrepõem a uma quantidade relevante de talentos que vão continuar se digladiando nos editais, como ficou claro na percepção, já publicada anteriormente, de uma cineasta em meio a burocracia: “acho que os editais não são um avanço, principalmente se forem usados como única forma de política de cultura em um estado, é um tremenda burrice e transforma a todos em concorrentes, dividindo-nos entre vencedores (pouquíssimos) e perdedores (o resto).”

A presença do estado na cultura não afeta apenas os dependentes desse esquema de pressão, mas também aqueles que desenvolvem sua arte de forma realmente independente do estado, pois o ambiente fica permeado de equívocos provincianos como o complexo de inferioridade nas comparações com outros centros e na procura de reconhecimento externo, como balizador de sua importância.

Esta aventura crítica sobre o destino da arte produzida no ES, foi planejada como uma maratona que só termina no próximo dia 3 de agosto, no Museu de Arte do Espírito Santo. E segue a vida...
[08 abril 2010]


DECIFRANDO A MALVADEZA DE DONA DAYSE

A primeira semana da nossa pequena epopéia serviu para tornar um pouco mais claro como funciona o sistema de gerenciamento do poder publico do Espírito Santo sobre a produção artística, baseado em três fundamentos:

1. PRISÕES CULTURAIS [pra não usar o outro termo...] – em que penam aqueles que pensam e agem diferentemente em relação ao encaminhamento da nossa produção. São prisões invisíveis, só detectadas no dia a dia, em que muitos têm medo de expor seus pensamentos e outros aguardam um possível alvará de soltura por bom comportamento, que quase nunca chega. O poder é mal! E o privilégio é para poucos. Fora das prisões, só ‘chapa branca’, pura.

2. PÃO – com os artistas [inclusive os prisioneiros...] se digladiando para ter um projeto aprovado em editais, num ambiente burocrático pesado, limitador de possibilidades ‘fora dos padrões’ e por decisão de comissões possíveis de serem consideradas inadequadas. Que inevitavelmente, gera agrupamentos e interesses beligerantes dentro da própria classe.

3. CIRCO – com o objetivo de tornar todos ‘bons espectadores’ das mostras importadas – algumas de qualidade inquestionável, outras nem tanto – e passivos no que deveria ser uma relação crítica, alimentadora do pensamento e do conhecimento libertos. Sedimentando um sentimento de inferioridade criativa, na relação da província com outros centros maiores.

Alguns amigos acham que estou ‘dando muito cartaz’ a dona Dayse, que ela é insignificante e coisa tal. Penso diferente. Ela simboliza e assina todos os atos que interferem em nossa comunidade artística, nas prisões ou fora dela.

Bom feriado! Salve Nossa Senhora da Penha!
[09 abril 2010]


VOZES ORGANIZADAS: ERLON PASCHOAL E JOÃO MORAES

Afirmações de ‘insinuações pessoais’ e ‘futricas pessoais’ são o fato em comum entre as duas defesas da secretária de cultura do ES, Dayse Lemos, após minhas afirmações sobre a política desenvolvida na Secult. Uma defesa na rede social FaceBook e outra por e-mail.

Na primeira é um auxiliar direto da secretária Dayse, Erlon José Paschoal:
“Não acho adequado utilizar esse espaço virtual para fazer insinuações pessoais, Nenna. Nesse caso dirija-se diretamente à pessoa em questão. Esse espaço é para debater ideias e trocar informações. Abs e um bom fim de semana.” Isso às 13:19 da última sexta-feira, dia 9 de abril.

Essa declaração fortalece minha tese de que impera na cultura hoje um poder incapaz de ter um diálogo público com quem discorda de como a articulação da produção capixaba em arte está sendo conduzida. O que foi referendado por manifestações de membros da comunidade social. O que o funcionário de Dona Dayse deseja é que o caso saia de uma rede social onde cada pessoal acessa o que lhe é de interesse - e tem meios de bloquear o que não deseja - para encaminhá-lo a uma esfera de gabinete ou aos meios de comunicação onde existem os filtros editoriais. Estamos iniciando a segunda década do século XXI, acorda!

Na outra defesa, por e-mail, enviado por João Moraes, 28 minutos após a postagem do Erlon:

“Ô Nenna, isso tá tão parecido com futricas pessoais. Nominar a responsabilidade dos problemas que você está analisando é, no mínimo ingenuidade, mas você não o e aí fica parecendo pessoal e isso empobrece a discussão que você propõe. Depois que o modernismo ingendrou os contornos da arte como mercado há muito a se discutir. Desde umbigos até fígados. abraço João”

Em relação ao Erlon ficou claro desde o início que ele está defendendo sua chefe imediata no serviço público. Quanto ao João fiquei intrigado, dei alguns telefones [já que, repito, não tenho informações privilegiadas...] e fiquei sabendo ser ele o responsável por uma organização social chamada ‘Parceiros do Bem’ que administra os festivais de cinema MoVA Caparaó e Mostra Rural para a Secult.

Para entender, foi só juntar com trechos de uma reportagem que li naquele mesmo dia, publicada pelo jornal Folha de São Paulo. Destaco que não estou fazendo nenhum pré-julgamento sobre a qualidade das relações entre a OS ‘Parceiros do Bem’ e a Secult, que podem até mesmo serem proveitosas para a nossa arte. Mas fica clara a obrigatória sintonia entre as duas entidades, pois é um tipo de relação em que a lei permite - apesar de estar sendo questionada - escolha sem licitação pública: “Professora titular de direito administrativo da USP, Maria Sylvia Di Pietro avalia que o modelo das OS não tem respaldo legal. ‘Se a Constituição impõe normas para a organização pública para proteger o dinheiro e o serviço públicos, com esse modelo você contraria o regime público da administração. Sou contra o modelo em si. Do ponto de vista jurídico não é aceitável’.

Outro crítico do modelo é o promotor Sílvio Marques, que investiga irregularidades envolvendo duas OS (Associação de Amigos do Museu da Imagem e do Som e Associação de Amigos do Museu Brasileiro de Esculturas). Quanto à lei, Marques critica especialmente a dispensa de licitação. “Não há motivo algum para dispensar licitação. A administração fica livre para escolher. Está havendo uma sangria de dinheiro público, porque essas OS cometem irregularidades e o acompanhamento, na maioria dos casos, é falho.”

Não tenho motivos para insinuações ou futricas, o que tenho feito são afirmações. Não tenho interesses pessoais na Secult. Os dois únicos encontros agendados com a secretária ainda em 2008, foram pra sondar a possibilidade de realizar uma mostra no Museu de Arte do ES, comemorando os 40 anos de minha produção artística e por extensão da arte contemporânea capixaba, e o outro para tratar de um convite informal feito pelo Arquivo Público do ES, para realizar uma intervenção urbana nas comemorações de seu centenário. Os dois assuntos serão tratados no momento adequado. Não sou artista ‘chapa branca’ e jamais pleiteei recursos financeiros para desenvolver qualquer trabalho meu.

Estarei sempre aberto a um diálogo consistente, com qualquer pessoa interessada no assunto que estamos refletindo nessa série de textos: o ‘aprisionamento’ da produção local e seu tratamento a pão e circo. Não existem insinuações nem reclamações.



No próximo texto, quinta-feira, explico a origem dessa encrenca declarada.
Todos os textos anteriores estão disponíveis no site:
www.nenna.com
[13 abril 2010]


A RESPOSTA DE JOÃO MORAES

Recebi e-mail do João Moraes com resposta ao meu texto de ontem. Respeitando o pedido dele, transcrevo na íntegra. Acrescentando apenas alguns numerais para poder responder ao final:

“Nenna, respondi por e-mail porque você me colocou em sua lista. Não te acompanho no facebook. Agora sei que suas insinuações e ironias sobre mim e meu trabalho estão lá em sua rede social. Se estivesse em sua rede teria me manisfestado por lá sem problemas porque não tenho nada a esconder sobre o que penso. Você propõe uma discussão muito ampla e pertinente sobre política cutural, mas afirma ser a Dayse responsável pelo aprisionamento da produção local, pão circo etc. Pois o que eu disse sobre futrica pessoal é isso. Se ela é responsável então não é uma questão de política cultural uma vez que, pelo que você tem escrito e me mandado por e-mail, deixa claro que substituindo a atual secretária tudo se acertaria num passe de mágica.[1] Por isso digo que a pessoalização de sua discussão empobrece a luz de seu raciocínio. Eu faço diversos trabalhos para administração estadual, não só na cultura e faço isso antes de a Dayse estar lá(aliás eu a conheci só depois que entrou na secretaria). Não tenho nada a esconder. Você não precisava dar telefonemas para ninguém para saber alguma coisa. Você tem meus telefones. Não tenho nada a esconder e faço meu trabalho bem feito e com dignidade. E você também já trabalhou com recursos captados via entidades não governamentais e o fez de forma séria e legal. [2]

O primeiro e-mail que recebi de você sobre essa história foi aquele do Tião não conseguir marcar e conversar com a Secult. Como te conheço um pouco, fiquei pensando: Pô; Nenna vai usar o Tião como escada para entrar em erupção mais uma vez? Quem nunca amargou chás de cadeira, quem nunca levou meses para conseguir audiências? Eu mesmo estou tentando marcar uma com a Dayse faz um tempão. Você mesmo quando estava atrás de recurso para a realização do prêmio Taru passou por isso. [3]
Não entrei nessa conversa para defender ninguém, apenas a imagem sempre digna que tenho de você. Levantando uma discussão importante como essa e pessoalizando responsabilidades. Como disse, você não é ingênuo, mas eu também não sou. Vejo claramente, porque você deixa claro, que o problema que quer apontar não é a politica cutural, mas a secretária de Cultura. Para mim, continuo afirmando que assim como você está conduzindo essa sua história fica parecendo futrica pessoal sim. Nesse caso porque você não ataca o Governador logo de uma vez. afinal ele é o condutor das políticas todas do estado. [4] Mas eu presumo a razão pela qual você está atacando a secretária. Se você apenas houvesse levantado as questões políticas culturais não teria tido a atenção que deseja, já com essa polêmica... Caetano faz isso muito bem também. E você conhece muito bem as artimanhas da comunicação. É uma bela estratégia, mas eu prefiro conversar sobre a valorização da arte capixaba à luz de outros aspectos. Não acho que qualquer secretário seja responsável por uma questão de fundo como essa. Isso de responsabilizar Dayse, ou seja lá quem estivesse à frente da secretaria, superficializa essa importante discução. A passagem de dirigentes do poder público são circunstanciais. Nenna, eu não me escondo nem sirvo a ninguém. Você devia aproveitar sua reclusão para sua arte e quando levantar questões como essa, faze-lo de forma mais apropriada, porque não sei o que realmente é importante para você a questão das políticas culturais ou bater na secretária sei lá o porquê. [5] Eu não concordo com o encaminhamento da discussão proposta por você e poderia ter ficado calado, mas seria desprezar sua opinião e eu respeito sua história e a pessoa por detrás dela. Por isso manifestei minha opinião respondendo ao e-mail que me mandou e que agora você tornou uma peça de sua argumentação. Olha só, eu não temo nada, pode tentar me intimidar como quiser. Já entendi que você vai tentar desqualificar quem for contra seu raciocínio e os interesses que o movem, bons ou ruins. [6] Também não sirvo a ninguém, por isso me retiro dessa discussão por completo porque não quero servir a você também. Me tira aí de seu mailing por favor.
Gostaria que você publicasse esse mail na integra também como fez com o outro, mas faça como quiser. [7}

Abraço João Moraes”

[1] – Em momento algum propus a substituição da secretária, mas como ela está no poder, ela é o símbolo e ação de uma política cultural que discordo. Já falei antes sobre o assunto.

[2] Não tenho seus telefones. No segundo prêmio Taru, homenageando Marien Calixte e Maria Filina, do qual participaram o quarteto Nota Jazz, Elisa Lucinda e o Afonso Abreu Trio, ofereci ao ‘Instituto Arte Pela Arte’, do qual não participo, a realização do evento. Nem mesmo participei objetivamente da produção. Eles realmente fizerem um trabalho sério, eficiente e legal, com o pouco mais de vinte mil reais destinados ao evento pela Secult. Este é um tema que abordarei breve.

[3] Jamais usei alguém como escada. Não é meu feitio. E sempre que tentei falar com a Dayse, consegui imediatamente. Inclusive para o Tião citado. Jamais tomei chá de cadeira da secretária.
[4] Repetindo: quero apontar os equívocos da política cultural, não importa comandada por quem.

[5] Mesma resposta anterior...

[6] Intimidar? Não é por aí. O interesse que me move é ver a produção artística local ter um ‘destino’ melhor.

[7] Assim foi feito. E agradeço a ‘imagem sempre digna’ que você tem de mim.

Como prometi, no próximo texto vou tornar mais claro a origem de tanta indignação, e organizar todos os textos num blog específico.
[14 abril 2010]

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