abril 15, 2010

ORIGEM DA ENCRENCA


Minha indignação com a política cultural praticada pela Secretaria de Cultura do Espírito Santo surgiu após terminar de escrever o texto ‘O DESTINO APÓS O CAIS’ que tem como subtítulo ‘revisão e previsão crítica da arte contemporânea na região capixaba, em três meditações’.

No ensaio, as meditações se referem ao momento atual, à história dos 40 anos da nossa arte contemporânea e ao destino que está sendo sinalizado.

O próprio nascer do ensaio já continha uma situação que exige reflexão: quando do lançamento da série de editais da Secult, fui conferir para saber se algum deles se adequava a algum projeto que eu tivesse em mente. Nada. Minha arte tem dificuldades com editais. Não só a minha.

Mas um dos editais me despertou interesse: o de ensaios críticos.

Durante o processo de escrever o texto, que durou toda a quaresma e que obrigatoriamente deve permanecer inédito até o resultado, por exigência do edital, percebi nitidamente os descaminhos da administração pública no universo da arte contemporânea. E, de maneira semelhante, os equívocos se estendiam a toda a produção artística realizada no estado.

A explosão, ao perceber a necessidade de tornar pública minha insatisfação, aconteceu no sábado de aleluia, como produto direto da minha constatação que identificou o ‘aprisionamento’ da produção, tratada a pão e circo.

E saí pra aventura, com bússola [sei onde está o meu destino] e GPS [sei onde estou], mas sem carta náutica nem mapa rodoviário!

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